sábado, 22 de julho de 2017

Da Janela do Aposento 65: Desengano de "alma ledo e cego"




Aos que, ainda embrenhados no universo da vida activa, imaginam a aposentação como a porta de entrada para um mundo maravilhoso, declaro que poderão estar enganados e sofrer uma imensa desilusão.

Designadamente se voltarem a enfrentar, como foi o caso recente de uns arautos “pafuncianos”, uma campanha perversa – persistente e prolongada – de “abate aos velhinhos” em defesa de uma pretensa saúde pública de despesa.

Com efeito, o pessimismo existencial, próprio da ordem matricial do envelhecimento, dispensaria, de todo, os potenciais agravos supra mencionados.

Embora considerando os efeitos perversos das circunstâncias acima mencionadas, julgamos que a actividade mental e intelectual das pessoas colocadas no aposento não se deve orientar pelo mesmo fechamento redutor e carente de princípios.

Assim sendo, e aproveitando um acumular de informação ao longo de uma vida, parece que a investigação e sua transformação em saber – útil e consistente – se devia orientar por preceitos metodológicos essenciais, a saber:

1 – actualização das fontes, em qualquer área do saber, indispensável para justificar novas contribuições ou publicações;

2 – humildade, sentido crítico e, sobretudo, independência e respeito face a investigações actualizadas ou controversas.

Só assim, a História do Livro, ou qualquer outra área do saber, poderá ganhar com o acumular do “saber de experiência feito”.

 Post de HMJ

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